aos munícipes guarulhenses, sob a coordenação do atual prefeito Sebastião Almeida (PT), com o silêncio criminoso do prefeito eleito Gustavo Costa, o Guti (PSB) e a anuência da Câmara de Vereadores de Guarulhos.
Trata-se
do PL 451/2016 ( do qual já tratamos aqui) e que reiteramos.
Por que é
ilegal?
É
ilegal porque existem diversos pareceres do O Ministério
Público de Contas e o Tribunal de Contas, condenando essa prática por ferir a
Lei de Responsabilidade Fiscal e a Constituição, na medida em que se trata de
operação de crédito, antecipação de receita com claro comprometimento do
equilíbrio das contas públicas dos estados e municípios. “Esse mecanismo
compromete as gestões futuras e prejudica a sustentabilidade fiscal do
Município – as receitas de parceladas em Dívida Ativa ou espontaneamente
entrariam também no futuro ( em outras gestões).” (Relatório TC
016.585/2009-0).
Por que
é imoral?
É
imoral porque tal projeto vai vender á iniciativa privada direitos creditórios
dos ativos da Prefeitura com deságio enorme e a responsabilidade será da
própria prefeitura. Os defensores do projeto se baseiam no PL do Senado
204/2016 que autoriza a criação de empresas denominadas Sociedades de
Propósito Específico (SPE), que são empresas estatais não dependentes (não
estão sujeitas aos órgãos de controle do estado, como TCU, CGU) cujos sócios
majoritários são os estados e municípios. O principal negócio dessas empresas
não dependentes é a emissão de debêntures (papéis financeiros), sobre os quais
incidem juros estratosféricos.
Devido
à confusão de que o que essas empresas estariam vendendo seriam créditos de
difícil cobrança, ou seja, dívida ativa ainda, essas debêntures estão sendo
vendidas com altos descontos, o que faz com que os juros fiquem ainda mais
elevados, pois incidem sobre o valor original desses papéis.
Porque é
lesiva aos munícipes?
É
lesivo aos moradores de Guarulhos porque essas debentures possuem a garantia
dos entes federados, ou seja, estados e municípios passam a ser os responsáveis
pelo pagamento dos juros e todos os custos desses papéis até resgate, sem que
tenham recebido benefício algum, pois quem vende as debêntures e recebe o valor
são as empresas não dependentes.

Na
verdade, esse esquema, além das ilegalidades, impõe custos tão elevados que
inevitavelmente irão aprofundar os problemas de Guarulhos.
Os
recursos auferidos por essas empresas estatais não dependentes, com a venda de
debêntures, serão rapidamente consumidos, pois os papéis são vendidos com
enorme desconto (deságio), os juros são abusivos, além dos elevados custos de
consultorias, gastos financeiros e remuneração de administradores. Dessa forma,
o município de Guarulhos não terá qualquer benefício, mas atua como garantidor
dos papéis, o que, na prática, faz com que essa operação gere dívida.
O que
nos incomoda profundamente é saber que há um movimento dos vereadores para aprovação
de tais medidas, agora no final do mandato de Almeida o único que não irá se
beneficiar dos parcos recursos que entrarão no caixa.
Algumas
perguntas que precisam de respostas são:
Por que tanto empenho (do Almeida) para ajudar
um adversário?
Por que
os mesmos vereadores que rejeitaram o projeto em 2015 agora querem aprová-lo?
Por que
o prefeito eleito não se manifesta sobre o tema?
Com
a palavra suas excelências.
Com a aprovação desse projeto Guarulhos vai virar a Grécia, só que sem Mikonos, Creta e o lindo mar Egeu. O único mar que teremos em Guarulhos será um mar de lama.
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