Candidatos Covardes

O debate, ferramenta mais que necessária em um pleito democrático, promovido pela  Câmara Municipal de Guarulhos ficará marcado infelizmente por um ato antidemocrático. 

Somente cinco dos nove postulantes ao cargo de prefeito compareceram: Albertão (PSOL),Carlos Roberto  (PSDB),Guti (PSB), Nefi Tales (PPL) eWagner Freitas  (PTB). Os candidatos falaram de suas propostas e criticaram a atual administração, mas sobretudo descarregaram suas críticas aos ausentes Eli  Corrêa  (DEM), Elói Pieta (PT), Jorge Wilson (PRB) e Martello (PSD)com toda a razão. 

Ao se negarem a participar de um debate na reta final de uma campanha complexa como a de Guarulhos, sem TV, com tantos problemas a serem resolvidos, os ausentes mostram a face mais cruel de um candidato: a COVARDIA.

Só quem não tem propostas ou as que apresenta não são verossímeis, só quem não tem argumentos para se defender das criticas inevitáveis ou quem não tem caráter, espírito democrático e despreza a verdade se omite dessa forma e passa recibo, como no dito popular "quem cala,consente".

Nada é mais importante em uma campanha que se expor,expor suas ideias,apontar os problemas da cidade e principalmente propor as soluções. 

A população precisa dessas informações para decidir qual o melhor candidato e quais as melhores propostas,com a ausência dos COVARDES podemos entender que todas as críticas a eles dirigidas são verdadeiras, que seus planos de governo são produtos de marketing e que ao se omitirem do embate estão dando uma mostra de que se assumirem a prefeitura farão o mesmo. Irão se esconder atrás do cargo e continuarão se omitindo.

Guarulhos precisa de homens de coragem.

Eli,Elói, Xerife e Martello provaram que não merecem confiança.  São covardes. 

E de COVARDES Guarulhos não precisa.

PAULA DESAFIA O COROLONELISMO VERDE GUARULHENSE

Estarrecedora.  Esse é o adjetivo mais apropriado para descrever a entrevista que a professora Paula Gonçalves presidente afastada do Partido Verde - PV concedeu ao jornalista Roberto Samuel na última segunda feira 5/9.

 “Há pessoas que são tão pobres, tão pobres, que tudo que elas precisam é de dinheiro”

“Partido não é balcão de negócios, aonde você vai pra lá e é negociado como uma mercadoria.”

“(...) Jovino me disse que já havia recebido dinheiro do Martello e por isso não seria mais candidato à prefeito..”

“Nós fomos enganados, traídos...”

Essas frases são dela, Paula, sobre Jovino Cândido e dá o tom sobre o que foi a entrevista e lança luz (ou seria trevas?) sobre uma face até então pouco conhecida do eleitorado guarulhense sobre a figura do ex- prefeito e ex deputado federal que parece conhecer seu ocaso político e caminhar para seu ostracismo se o seu inflamado ego messiânico assim o permitir.

Quem teve a oportunidade de privar de sua intimidade sabe que Paula não está falando com o fígado, para usar uma expressão muito usada pelo ex vice de Nefi Thales, ela tem conhecimento de causa, está tranquila e serena, fala pausadamente, articula bem as falas, pontua bem cada questão, não teatraliza, não joga para a plateia, não se exaspera como faz seu algoz. 

Ela é simplesmente ela, porque é verdadeira. Não há mentiras no que diz. Cada palavra faz sentido. Quem teve o desprazer de ficar em seu caminho contra seus interesses sabe bem o que a professora está passando.

Ao compará-lo a um coronel Paula sintetiza e resolve a questão joviniana. Jovino é capaz de arrancar uma tamareira de um centímetro do chão se perceber que daqui a dez anos ela crescerá e lhe fará uma sombra que ele não deseja.

Fez isso com todos os vereadores que passaram pelo PV. Fez isso com Guti. Não permitiu que o jovem político, promissor ficasse no partido para disputar a prefeitura. Expulsou-o, por fim cassou-lhe o mandato de vereador conquistado nas urnas.

Agora em nome de um acordo financeiro com Martello, Paula diz que ele rasgou a convenção, afastou-a da presidência, fez nova convenção, "na calada da noite" para honrar o compromisso assumido e passando por cima de toda a ética que deveria nortear sua conduta como homem público e toda a moral que deveria ter aprendido lendo as parábolas de Jesus (como gosta de falar em programas de TV) conseguiu juntar o PV, o partido das causas sustentáveis com o partido do maior extrativista de Guarulhos.

Paula diz que o coronelismo e os feudos em Guarulhos acabaram.

Ela tem a árdua missão de provar se isso é verdade.

Se ela vencer essa batalha poderemos acreditar que, se não estiverem extintos ao menos um, o Coronel Jovino vai ter caído.

Que a justiça se faça valer em Guarulhosr e essa felonia seja a última do Coronel Jovino antes de se retirar ao seu devido lugar na história, a sua relés insignificância politíca e moral.

Guarulhos não precisa e não tolera mais Coronéis.

Parabéns Paula, sua luta é a luta de todos nós.

A REPÚBLICA DE GUARULHOS

Não existe almoço grátis

 

Uma pesquisa eleitoral bem feita requer a contratação de um Instituto que esteja REGULAR no CONRE (órgão que representa e regulamenta a categoria), um estatístico nas mesmas condições, pesquisadores treinados,  metodologia de pesquisa e plano amostral. Tudo isso demanda tempo, experiência e custos com transporte das equipes, deslocamentos de campo, alimentação, hospedagem, salários, comunicação, etc.

Um trabalho desses não é barato. A única pesquisa do IBOPE realizada em Guarulhos em 28/06 contratada pela Midia Pull custou R$ 60.900,00 e ouviu 812 eleitores.

Nos últimos dias temos visto  várias pesquisas realizadas pela empresa SP SEBRAM  SERVIÇOS DE PESQUISAS DE OPINIÃO PUBLICA, JORNALISMO, CONSULTORIA E ASSESSORIA S/S LTDA –ME sendo publicadas, sempre pelos mesmos jornais, e com clara tendência de promover um candidato.

O que mais chama atenção nas pesquisas da SP SEBRAM, no entanto, é o que leva um Instituto que está sediado em Barretos, ou seja,  a 437 km de Guarulhos, ser o próprio contratante da pesquisa. Qual o interesse que o SP SEBRAM tem na eleição de Guarulhos?

Outra coisa que chama a atenção é o custo das pesquisas. Como dissemos acima, é necessária uma equipe para que a pesquisa seja realizada, a SP SEBRAM tem de deslocar de Barretos no mínimo vinte pessoas, pagando transporte, alimentação, estadia, deslocamentos, telefonia e salários ou diárias para toda essa turma. Também tem de entrar nessa conta o valor do estatístico. O custo de uma hora desse profissional é de R$300,00. Um profissional demora em média 10 horas para analisar e finalizar uma pesquisa, ou seja, só com esse profissional o custo é em torno de R$3000,00.

O SP Sebram tem declarado que suas pesquisas custam R$4.000,00. Como pode?

Além disso o SP SEBRAM está irregular no CONRE e o estatístico Raphael Botelho também estava até a ultima segunda feira e só foi regularizar sua situação quando um candidato a prefeito pediu a impugnação da última pesquisa.

Sabemos que não tem almoço grátis. E que no mundo dos negócios e da política não existem bons samaritanos. O SP SEBRAM que já foi condenado em segunda instância por pesquisa fraudulenta deve explicações aos eleitores de Guarulhos. Quem está por trás de seus serviços, quem paga por eles, porque são publicados sempre nos mesmos veículos de comunicação, porque já gastou mais de R$ 20.000,00 do próprio (?) bolso para fazer pesquisas em Guarulhos sem receber nada em troca, sem ter um único cliente na cidade, porque sempre o mesmo candidato  (a)parece beneficiado... São tantas as peguntas...

A quem serve afinal, o SP SEBRAM?

Seria bom que a Justiça Eleitoral também olhasse para essas questões.

Para o bem das eleições e pela reputação das pesquisas eleitorais é bom que se pronunciem.

E rápido.

REPÚBLICA DE GUARULHOS

O ELEITOR FICHA SUJA

                                                              

Lei 9.504, de 30 de setembro de 1997, passa a vigorar acrescida do seguinte artigo:"Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinqüenta mil Ufir, e cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar n^o 64, de 18 de maio de 1990."

A cada dois anos as manchetes dos jornais se repetem: tal candidato não poderá concorrer neste pleito, pois é ficha suja. Isso significa que o candidato em questão fez alguma coisa e foi condenado em segunda instância e por isso não pode concorrer a cargo público, é o que diz a lei.

Ponto para a democracia e para a limpeza do tal imundo sistema politico brasileiro.

Pena que a lei não alcança também o ELEITOR FICHA SUJA. Esse pode votar em todas as eleições e contribui para poluir ainda mais o mar de lama da politica nacional em geral e guarulhense em particular.

ELEITOR FICHA SUJA? Nunca ouviu falar?

Eu explico.

O ELEITOR FICHA SUJA é aquele eleitor que a cada dois anos coloca seu nome das listas que correm soltas pela cidade, nas associações de bairro, nos RH’s das empresas, nas Igrejas, nos botecos e em todos os lugares onde se possa imaginar em troca de uns pixulecos, uns caraminguás, uns trocados, um dindin, uma cesta básica, a promessa de um cargo na câmara ou na prefeitura, uma benesse qualquer. O preço varia de acordo com o poder aquisitivo de quem oferece e a quantidade de votos de quem diz ter a influência sobre o ELEITOR FICHA SUJA.

O que esse eleitor ignora, ou apenas finge ignorar é que ao agir assim ele contribui para que o candidato corrupto, mau caráter, descomprometido com os interesses da população e da cidade se eleja.

O que esse eleitor faz é perpetuar no poder uma casta de gente da pior espécie que visa os próprios interesses em detrimento do interesse da maioria.

O que o ELEITOR FICHA SUJA faz é dar poder àquele que ao invés de fiscalizar o Executivo (quando eleitor vereador) vai fazer acordos com o prefeito para conseguir cargos e verbas para seu grupo e votar os projetos de interesse deste, aprovar suas contas, mesmo que reprovadas pelo Tribunal e fazer vistas grossas às denúncias de corrupção levantadas pela imprensa.

O que o ELEITOR FICHA SUJA  não vê, é que quando vende seu voto, quando vota porque o padre, o pastor, o pai de santo ou quem quer que seja manda ele votar em alguém e ele vota sem fazer uma análise profunda sobre sua escolha, ele compromete o futuro de sua rua, de seu bairro e de sua cidade, a educação de seus filhos e netos, a segurança de sua família, pois o candidato que compra o voto já não tem compromisso em entregar nada mais depois. Já pagou pelo produto.

Então caro ELEITOR FICHA SUJA, quando você for reclamar do poste sem iluminação na sua rua rua lembre-se que a lâmpada não está lá por sua causa.

Quando você reclamar dos buracos que solavancam seu passeio de carro, lembre-se que não foram tapados porque o dinheiro foi desviado e o VEREADOR  que NÃO FISCALIZOU foi o mesmo que comprou seu voto.

Quando você reclamar que a cidade está endividada e terrível muito em parte a culpa é SUA, ELEITOR FICHA SUJA, porque foi você que elegeu essa corja para administrar essa cidade.

Porém , e sempre há um porém, nada como um dia após o outro, nesse caso uma eleição após a outra, nem tudo está perdido  ELEITOR FICHA SUJA!

Você pode limpar a sua barra, quero dizer, sua ficha! Torne-se um ELEITOR FICHA LIMPA!

Para isso, basta você estudar os candidatos deste pleito, escolher os que tenham as melhores propostas e votar neles com consciência.

O que o seu pastor, padre, sheik, rabino, médium, pai de santo, guru professor e artistas disseram valem como opinião, mas votem com a consciência tranquila. O voto é secreto.

E se algum candidato, associação, cabo eleitoral lhe oferecerem alguma coisa para votar em algum candidato, reúna provas, hoje é tão fácil gravar, fotografar, filmar, denunciar mesmo anonimamente.

E assim você estará contribuindo para que a limpeza se faça, não só na sua ficha na politica de Guarulhos como um todo.

Seja um ELEITOR FICHA LIMPA a partir de hoje!

Problemon Go

A HORA DE DECIDIR

Caros leitores, a campanha eleitoral se avizinha e com ela mais uma vez teremos o espetacular circo de horrores de bienal de sempre: pessoas comuns com defeitos iguais aos de qualquer pessoa comum, mas que se apresentam como seres impolutos e livres de qualquer mácula, quer seja na vida pessoal, na vida profissional ou na vida pública.

Não se deixem enganar. Esse ano vocês terão em Guarulhos centenas de candidatos à vereador, alguns deles pedindo seu voto para ocupar a cadeira pela terceira, quarta ou quinta vez, esses fizeram da política sua profissão e vivem às expensas dos impostos que pagamos.

Outros, centenas deles, irão se aventurar pela primeira vez em busca do sonho dourado da cadeira na Câmara e da caneta que parece resolver todos os problemas.

Já em busca ao pedestal maior, o Gabinete do Bom Clima, os aspirantes são em número menor, não chegando a uma dezena, mas entre eles também há os estreantes, os aventureiros, os demagogos, os profissionais, os sérios, os competentes e os políticos kinder ovo. Depois de eleitos saberemos a surpresa que nos reservam...

Para nós eleitores tal quadro carregado surrealista que Dali sequer ousou imaginar, nos distancia da politica e nossa primeira reação é a de querer o distanciamento dessa corja, jogá-los todos no mesmo balaio, classifica-los como “tudo farinha do mesmo saco” e decidirmos que NÃO VOU VOTAR EM FDP NENHUM”, ou “É TUDO LADRÃO” (sic) , etc., Isso é absolutamente compreensível.

Ocorre que essa postura não está correta. Ao não participarmos do processo político estamos permitindo que outro o faça por nós. Vou dar um exemplo simples:

Suponha que você caro eleitor não goste das cores roxa e vermelha e que você more em um condomínio. Em determinado dia marcam uma assembleia para decidirem pela pintura do prédio. Os condôminos vão para a reunião. Você aproveita o domingo de sol para ir para a praia. Quando volta o prédio está pintado de... Roxo e vermelho as cores que você detesta! E o pior sabe o que é? Que todo mês virá na sua cota de condomínio a taxa da pintura que você odeia... Você vai reclamar com o síndico, pede a ata e descobre que a s cores que ficaram em segundo lugar foram azul e amarelo, as cores que você adora, e perdeu por dois votos, se você e seu cunhado não tivessem ido para a praia seu prédio agora estaria lindo...

Esse exemplo infantil se aplica à politica. Quando chegar o dia da eleição, você pode ir para a praia caro amigo, pode ir fazer seu churrasco com sua família, também eleitores e repetir que não vai votar porque todos são iguais, só não se esqueça que o nosso condomínio chamado GUARULHOS será pintado com as cores que aqueles que forem as urnas escolherem e as contas serão pagas por todos nós, inclusive você, pelos próximos quatro anos em forma de serviços públicos ineficientes, transporte de péssima qualidade, falta de luz, esgoto, seus filhos e netos saindo da escola semi alfabetizados, o sistema de saúde na UTI...

“Não há problema em um homem não gostar de politica, o único problema é que serão governados por quem gosta”, Platão.

JABUTICABEIROS

O atacante arranca do meio campo com a bola dominada, se livra do zagueiro e adentra a grande área, dribla o goleiro e quando vai chutar para marcar o gol do título aos 45 minutos do segundo tempo o goleiro lhe dá uma rasteira.

Diz a regra: Pênalti e expulsão do goleiro.

O árbitro corre, cartão vermelho em punho. Mostra o cartão para o goleiro. Mas estranhamente não o tira do jogo.

Situação improvável? Estranha? Esdrúxula? Isso Pode Arnaldo? Perguntaria Galvão Bueno.

Não, não Pode! Se isso acontece, estão rasgando o regulamento, as regras do futebol, melando o campeonato. Não pode. Diria o comentarista.

Ontem 31 de Agosto, em outro campo, no Senado Federal, em Brasília o jogo era outro. Era o jogo da política. O regulamento era a Constituição, o árbitro era o Lewandowski e a partida era a final do impeachment da (agora ex) presidente Dilma, mas o que aconteceu foi exatamente o mesmo relatado acima.

Ao fatiarem o processo cassando o mandato e mantendo os direitos políticos os senadores rasgaram a constituição e me fizeram sentir (pasmem) do Collor! Esse sim, um injustiçado, pois quando sofreu o mesmo processo 24 anos atrás, horas antes do julgamento, apresentou sua carta renúncia para ter os direitos políticos preservados e foi sumariamente ignorado. Outros membros do legislativo depois dele, como ACM, Jader Barbalho e o próprio Renan Calheiros que atualmente preside o Senado, também usaram da mesma estratégia e lograram êxito. Só o coitado do Collor se deu mal. Dilma nem isso fez. Rasgaram a Carta Magna ao vivo, para todo o Brasil ver.

Lewandowski mostrou o cartão vermelho para ela, mas permitiu que ela continuasse em campo.

A sensação que temos é aquela de uma meia vitória, a da ressaca de bebida ruim, a alegria que ficou pela metade, como um coito interrompido...

O Brasil é celebre em possuir coisas que o mundo admira. Uma delas é a jabuticaba. Fruta doce, saborosa e delicada. Só existe aqui.

Podemos acrescentar o impeachment com manutenção dos direitos políticos a essa lista.

Mas o sabor infelizmente é intragável.