sexta-feira, 9 de setembro de 2016

PAULA DESAFIA O COROLONELISMO VERDE GUARULHENSE

Estarrecedora.  Esse é o adjetivo mais apropriado para descrever a entrevista que a professora Paula Gonçalves presidente afastada do Partido Verde - PV concedeu ao jornalista Roberto Samuel na última segunda feira 5/9.
 “Há pessoas que são tão pobres, tão pobres, que tudo que elas precisam é de dinheiro”
“Partido não é balcão de negócios, aonde você vai pra lá e é negociado como uma mercadoria.”
“(...) Jovino me disse que já havia recebido dinheiro do Martello e por isso não seria mais candidato à prefeito..”
“Nós fomos enganados, traídos...”
Essas frases são dela, Paula, sobre Jovino Cândido e dá o tom sobre o que foi a entrevista e lança luz (ou seria trevas?) sobre uma face até então pouco conhecida do eleitorado guarulhense sobre a figura do ex- prefeito e ex deputado federal que parece conhecer seu ocaso político e caminhar para seu ostracismo se o seu inflamado ego messiânico assim o permitir.
Quem teve a oportunidade de privar de sua intimidade sabe que Paula não está falando com o fígado, para usar uma expressão muito usada pelo ex vice de Nefi Thales, ela tem conhecimento de causa, está tranquila e serena, fala pausadamente, articula bem as falas, pontua bem cada questão, não teatraliza, não joga para a plateia, não se exaspera como faz seu algoz. 
Ela é simplesmente ela, porque é verdadeira. Não há mentiras no que diz. Cada palavra faz sentido. Quem teve o desprazer de ficar em seu caminho contra seus interesses sabe bem o que a professora está passando.
Ao compará-lo a um coronel Paula sintetiza e resolve a questão joviniana. Jovino é capaz de arrancar uma tamareira de um centímetro do chão se perceber que daqui a dez anos ela crescerá e lhe fará uma sombra que ele não deseja.
Fez isso com todos os vereadores que passaram pelo PV. Fez isso com Guti. Não permitiu que o jovem político, promissor ficasse no partido para disputar a prefeitura. Expulsou-o, por fim cassou-lhe o mandato de vereador conquistado nas urnas.
Agora em nome de um acordo financeiro com Martello, Paula diz que ele rasgou a convenção, afastou-a da presidência, fez nova convenção, "na calada da noite" para honrar o compromisso assumido e passando por cima de toda a ética que deveria nortear sua conduta como homem público e toda a moral que deveria ter aprendido lendo as parábolas de Jesus (como gosta de falar em programas de TV) conseguiu juntar o PV, o partido das causas sustentáveis com o partido do maior extrativista de Guarulhos.
Paula diz que o coronelismo e os feudos em Guarulhos acabaram.
Ela tem a árdua missão de provar se isso é verdade.
Se ela vencer essa batalha poderemos acreditar que, se não estiverem extintos ao menos um, o Coronel Jovino vai ter caído.
Que a justiça se faça valer em Guarulhosr e essa felonia seja a última do Coronel Jovino antes de se retirar ao seu devido lugar na história, a sua relés insignificância politíca e moral.
Guarulhos não precisa e não tolera mais Coronéis.
Parabéns Paula, sua luta é a luta de todos nós.

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