Estarrecedora. Esse é
o adjetivo mais apropriado para descrever a entrevista que a professora Paula Gonçalves presidente afastada do Partido Verde - PV concedeu ao jornalista Roberto Samuel
na última segunda feira 5/9.
“Há pessoas que são
tão pobres, tão pobres, que tudo que elas precisam é de dinheiro”
“Partido não é balcão de negócios, aonde você vai pra lá e é
negociado como uma mercadoria.”
“(...) Jovino me disse que já havia recebido dinheiro do
Martello e por isso não seria mais candidato à prefeito..”
“Nós fomos enganados, traídos...”
Essas frases são dela, Paula, sobre Jovino Cândido e dá o
tom sobre o que foi a entrevista e lança luz (ou seria trevas?) sobre uma face até então pouco
conhecida do eleitorado guarulhense sobre a figura do ex- prefeito e ex
deputado federal que parece conhecer seu ocaso político e caminhar para seu
ostracismo se o seu inflamado ego messiânico assim o permitir.
Quem teve a oportunidade de privar de sua intimidade sabe
que Paula não está falando com o fígado, para usar uma expressão muito usada
pelo ex vice de Nefi Thales, ela tem conhecimento de causa, está tranquila e
serena, fala pausadamente, articula bem as falas, pontua bem cada questão, não
teatraliza, não joga para a plateia, não se exaspera como faz seu algoz.
Ela é
simplesmente ela, porque é verdadeira. Não há mentiras no que diz. Cada palavra
faz sentido. Quem teve o desprazer de ficar em seu caminho contra seus interesses sabe bem o que a professora está passando.
Ao compará-lo a um coronel Paula sintetiza e resolve a
questão joviniana. Jovino é capaz de arrancar uma tamareira de um centímetro do
chão se perceber que daqui a dez anos ela crescerá e lhe fará uma sombra que ele não deseja.
Fez isso com todos os vereadores que passaram pelo PV. Fez
isso com Guti. Não permitiu que o jovem político, promissor ficasse no partido para disputar a prefeitura. Expulsou-o,
por fim cassou-lhe o mandato de vereador conquistado nas urnas.
Agora em nome de um acordo financeiro com Martello, Paula diz
que ele rasgou a convenção, afastou-a da presidência, fez nova convenção, "na calada da noite" para
honrar o compromisso assumido e passando por cima de toda a ética que deveria
nortear sua conduta como homem público e toda a moral que deveria ter aprendido
lendo as parábolas de Jesus (como gosta de falar em programas de TV) conseguiu
juntar o PV, o partido das causas sustentáveis com o partido do maior
extrativista de Guarulhos.
Paula diz que o coronelismo e os feudos em Guarulhos
acabaram.
Ela tem a árdua missão de provar se isso é verdade.
Se ela vencer essa batalha poderemos acreditar que, se não
estiverem extintos ao menos um, o Coronel Jovino vai ter caído.
Que a justiça se faça valer em Guarulhosr e essa
felonia seja a última do Coronel Jovino antes de se retirar ao seu devido lugar na história, a sua relés
insignificância politíca e moral.
Guarulhos não precisa e não tolera mais Coronéis.
Parabéns Paula, sua luta é a luta de todos nós.
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