quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Efeito colateral

A expressão efeito colateral é utilizada basicamente para uso de medicamentos que ao tratar uma doença provoca  sintomas indesejáveis.  As bjlas dis remédios são bem claras: em casos assim recomenda-se suspender o uso da droga em questão e procurar o médico para que ele possa substituir o remédio e indicar outro.
O governador Witzel do Rio de Janeiro tem utilizado a expressão para tentar justificar o ASSASSINATO (por parte das forças policiais) de pessoas inocentes nas favelas e áreas periféricas da capital fluminense, dentre elas cinco crianças,todas armadas com material escolar somente esse ano. A última vítima do efeito colateral foi Agatha Félix, que armas a de sua mochila escolar estava no bonde que a levava para casa ao sair da escola.
Agatha tinha oito anos,negra,pobre e moradora do Complexo do Alemão, tinha sonhos como qualquer criança. Sonhos interrompidos pela política do "vamos atirar na cabecinha" do governador.
Três dias após o tiro que silenciou para sempre o riso de Agatha o governador acordou cedo e as cinco horas da manhã postou em sua rede social que estava levando sua filha Beatriz de onze anos para fazer a prova de ingresso no Colégio militar.
Felizmente, o carro que levou Beatriz para o Colégio não estava circulando por nenhuma comunidade,Beatriz não é negra e portanto não estava sujeita a nenhum efeito colateral.
O governador pôde brincar com ela à noite,perguntar sobre a prova,colocá-la na cama e ouvir seu riso.
Tudo o que os pais de Agatha não puderam e jamais poderão fazer.
A diferença entre o remédio e o veneno é a dosagem.
Passou do tempo do governador Witzel suspender essa medicação nociva e procurar outros meios de combater a doença que assola o Rio.
Fossem as crianças assassinadas brancas, moradoras dos condomínios luxuosos da Barra e filhas de pessoas como o próprio Witzel a história seria diferente, mas enquanto as cabecinhas alvo forem das favelas , na expressão do governador "cova a gente cava", mais Agathas terão seus sonhos interrompidos e as Bias poderão seguir em paz.
O Cristo impotente observa do Alto do Corcovado e diz "pobre Rio de Janeiro".

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