terça-feira, 29 de novembro de 2016

Quando caem os sonhos

Há uma tristeza generalizada no mundo do futebol hoje. Um avião caiu e com ele caíram tantos sonhos. 
Caiu o sonho do garoto pobre da periferia que queria ser jogador de futebol e brilhar nos gramados do mundo.
Caíram os sonhos de milhares de torcedores que ficaram com o grito "É CAMPEÃO" preso na garganta para sempre.
Caíram os sonhos da aeromoça que não vai entregar o presente encomendado por alguém que muito amava.
Caíram os sonhos do piloto de aterrizar tranquilo e agradecer aos passageiros pela oportunidade de voar com eles.
Caíram os sonhos dos colegas jornalistas que não puderam fazer o seu trabalho de informar, hoje eles são a noticia. A noticia que nenhum jornalista gosta de dar: "Caiu um avião..."
Caíram os sonhos dos que não estavam no avião.
Os sonhos dos familiares que não terão mais o abraço reconfortante do passageiro ou tripulante que não vai mais chegar,
O Check-out no aeroporto não será feito. A esteira de bagagens está vazia, nenhuma mala para desembarcar.
Caíram os sonhos do filho que não verá mais os pais, dos pais que não mais terão a companhia dos filhos. Vidas ceifadas, corações apertados, angústia que não cessa, saudade imortal.
Até quem não gosta de futebol se sente hoje um pouco torcedor da Chapecoense.
Torcedores do mundo todo hoje vestem a mesma camisa: a camisa da inconformidade e da solidariedade.
Hoje, apesar dos sonhos que caíram, somos todos um pouco Chapecoense, Chapê para os íntimos.
Hoje mais que nunca, sentimo-nos mais vulneráveis, os sonhos também caem.
E quando os sonhos, ficamos todos mais tristes.
Vão com os anjos, vão em paz...
Hoje a tristeza não é passageira.




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